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Não podemos ser uma ilha?!

Posted by João on 20:51 in ,
"Homem nenhum é uma ilha". Assim preceitua uma das mais famosas frases feitas conhecidas do acervo popular. Talvez eivada de alguma razão, tal expressão, vista sob uma ótica diferente, pode ser reinterpretada e talvez "destruída". Vejamos o porquê:

A ideia de ter sempre alguma(s) pessoa(s) a sua volta é interessante. É muito bem vinda e bem quista por aqueles(as) que almejam alcançar a plena felicidade, nos moldes mais tradicionais. Entretanto, sabendo do grau de imbecilidade que acomete uma esmagadora maioria atualmente, a felicidade compartilhada - ou "composta", se assim preferir - tem se tornado algo não tão bem visto.

É interessante reforçar que não se trata de uma opção, ou uma decisão sumária. A ausência de indivíduos verdadeiramente interessantes - ou a dificuldade em encontrá-los - me faz cogitar essa possibilidade, que há algum tempo seria taxada de imbecil ( e talvez, ainda hoje, assim seja ).

A vida a dois (ou a três - não necessariamente a amorosa) parece ter se esfarelado com o advento do mundo pós contemporâneo. Não que o amor, o carinho e o respeito tenham desaparecido, completamente. Mas, sejamos sinceros, estes sofreram uma considerável diminuição na qualidade e na quantidade em que se é possível encontrar. Tal fenômeno, portanto, abre precedentes para a "sustentabilidade emocional". Mas esse é assunto pra outro post...

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Vida

Posted by João on 17:49 in



Vai valer a pena!
Apesar das angústias, do sofrimento,
Das desilusões e enganos.
E de tudo aquilo que te faz triste.

Maus tempos são apenas momentos
Que ensinam a viver.
A compreender esse folhetim,
Que começa a todo amanhecer.

Há pessoas a serem conhecidas,
Sensações, sentidas
Citações, ouvidas
E experiências vividas.

E, ainda sim,
Mesmo que tenha vivido muito
Ainda não terá vivido tudo
Portanto, não espere tudo.
Nem à todos
Apenas viva!

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Roupa Nova - Dona

Posted by João on 15:11 in , ,


Letra: http://letras.mus.br/roupa-nova/63824/

Me faz lembrar de uma certa "dona"...

"(...)

É a moça da Cantiga
A mulher da Criação
Umas vezes nossa amiga
Outras nossa perdição
O poder que nos levanta
A força, que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe
Que isso tudo te faz
Dona! Dona!
Dona! Dona! Dona!
(...)".

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Lulu Santos - Tempos modernos

Posted by João on 12:00 in ,


Letra: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/

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A Liberdade de escolha

Posted by João on 11:15 in ,

Realmente, se um dia de fato se descobrisse uma fórmula para todos os nossos desejos e caprichos - isto é, uma explicação do que é que eles dependem, por que leis se regem, como se desenvolvem, a que é que eles ambicionam num caso e noutro e por aí fora, isto é uma fórmula matemática exata - então, muito provavelmente, o homem deixaria imediatamente de sentir desejo. 
Pois quem aceitaria escolher por regras? Além disso, o ser humano seria imediatamente transformado numa peça de um orgão ou algo do gênero; o que é um homem sem desejos, sem liberdade de desejo e de escolha, senão uma peça num orgão? 

- Fiodor Dostoievski, in "Cadernos do Subterrâneo".

Extraído da página "Templo Cultural Delfos", do Facebook.

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Um tudo

Posted by João on 15:51 in ,


As nuances do corpo,
vaidades mundanas.
Credos, crenças, ideologias,
Medos, traumas, patologias

É nada, tudo isso,
diante da infinidade de um.
A unidade devastadora.
O só incomensurável.

O âmago do meu ser,
contemplando toda essa alquimia.
Sensações de um único sentido.
Engrandece, sublima.

Acalenta a alma,
acolchoa o coração.
Traz lume à mente.
Revigora nossas energias.

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Esse tal de amor

Posted by João on 12:07 in ,


Acredito que a vida de todo indivíduo é guiada pelo amor, independentemente deste estar ou não apaixonado por alguém.  A força motriz de toda a nossa existência reside nesse sentimento, capaz de nos guiar nesse tortuoso caminho mundano.


Restringindo, agora, o amor sob o conceito romântico, mantenho a posição de considerá-lo essencial; cativa-nos essa sinergia, essa sensação de querer fazer mais e melhor para a pessoa amada. Vez ou outra, esse mesmo amor nos deixa embriagados, por assim dizer; turva nossas vistas, confunde nossos pensamentos. A efervescência do coração pujante, as alterações hormonais do corpo, tudo isso contribui para, como um todo, modificar-nos.

Contudo, se faz necessária, para o melhor gozo e proveito desse sentimento tão nobre e tão devastador, a tal da reciprocidade. Amar e ser amado. Se por um lado, amar é algo quase divino, por outro, não ser correspondido é tão doloroso quanto cravar uma estaca no peito. Alias, metaforicamente falando, a rejeição ou indiferença do ser amado pode ser comparada à estaca fincada sobre o peito. É trágico, mas assim o é!

A lacuna aberta pelo coração não igualmente amado é preenchida por diversos enxertos. Alguns optam pelas drogas - lícitas ou não -, outros, pelo ombro amigo, um novo – e outro - amor, ou - uma opção além da linha da melancolia - a prática da autopiedade.

Esconder-se pelos cantos, aspirar atenção numa autoflagelação, ensejar afeto e carinho dos mais próximos, ou simplesmente mostrar para aquele alguém que você está se acabando de dor.  Sim, caros – e hipotéticos – leitores, o drama é inerente ao amor. A megalomania do preterido é feroz, curiosamente, consigo mesmo.

Cabe, portanto, ao amante, saber administrar todo esse furor. Pedir para que ele haja racionalmente, nessas circunstâncias, é um tanto quanto ingênuo. Coisas do coração não são racionalizadas, não com tanta facilidade... .

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